Especialistas no tema asseguram que o sistema financeiro mundial caminha rapidamente para um colapso total. Você há de se perguntar: mas como assim, se este mesmo mundo está cada dia mais rico? Simples: mas rico "para inglês ver", pois no fundo, no fundo está cada vez mais pobre a se considerar que nosso capital real não é exatamente aquilo que temos, mas aquilo que nos resta depois de descontado tudo que devemos.
Balanços fiscais do FMI (Fundo Monetário Internacional) e outros organismos internacionais repercutidos pela imprensa na virada para o Ano Novo mostra dados estarrecedores, dentre os quais que a dívida pública mundial ficou cinco vezes maior de 20 anos para cá e fechou 2023 em um novo patamar histórico: US$ 310 trilhões. A situação piorou sobremaneira durante a pandemia da Covid-19, cujo custo total está estimado em pelo menos US$ 12,5 trilhões.
Proporcionalmente ao PIB (Produto Interno Bruto), o país em pior situação é o Japão, que deve o equivalente a mais de duas vezes e meia (264% para ser preciso) de tudo que gera de riqueza, seguido de Singapura (168%), Estados Unidos (129%), Canadá (107%) e Reino Unidos (97,1%).
A última atualização desse ranking mostra que a dívida da vizinha Argentina saltou de 85% para 89,5% e a do Brasil de 72,87% para 88,1% do PIB. Juntos, nós brasileiros devemos algo como R$ 7,9 trilhões, ou seja, talvez sejamos efetivamente donos apenas das calças que vestimos - até porque nossa capacidade de pagamento não pode ser comparada à dos norte-americanos e dos povos europeus, por exemplo. (Foto: Pixabay)