A produção passou de 347 toneladas em 2013 para 694 toneladas em 2022. A área plantada também cresceu e ocupava, no último levantamento feito no ano passado, 96 hectares, 28% superior aos 75 hectares de uma década atrás. A fruta é cultivada com valor comercial em 54 municípios paranaenses.
A produção de amora dobrou nos últimos dez anos no Paraná, passando de 347 toneladas em 2013 para 694 toneladas em 2022. A área plantada também cresceu e ocupava, no último levantamento feito no ano passado, 96 hectares, 28% superior aos 75 hectares de uma década atrás. Em Valor Bruto de Produção (VBP), a fruta contribuiu com R$ 6,8 milhões em 2022.
A análise sobre essa cultura é apresentada no Boletim de Conjuntura Agropecuária relativo à semana de 8 a 14 de dezembro. O documento, preparado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, traz também informações sobre outras atividades agrícolas e pecuárias.
Os dados apontam que a produção estadual de amoras está concentrada na Região Metropolitana de Curitiba, responsável por 38,9% das 694 toneladas. Já em termos de área, a liderança fica com Prudentópolis, no Centro-Sul do Estado, que planta em 7 hectares, ou 7,3% do espaço total do Estado.
A fruta é cultivada com valor comercial em 54 municípios paranaenses, destacando-se a produtividade de Paula Freitas, no Sul do Estado, que em 2022 cobriu 5 hectares de terras com a rosácea e colheu 65 toneladas. O VBP municipal referente à amora foi de R$ 640.250,00.
No município vizinho, de Paulo Frontin, a produtividade foi um pouco menor, somando 30 toneladas em 6 hectares. Mas a cidade vislumbra um bom futuro para a cultura. Tanto que o município promove desta quinta-feira (14) até domingo (17) a 1ª Festa Nacional da Amora e o 1º Encontro da Cultura da Amora Preta. O evento terá participação de vários técnicos do Sistema Estadual da Agricultura, entre eles o analista de frutas do Departamento de Economia Rural (Deral), engenheiro agrônomo Paulo Andrade, que fala sobre o cenário da amora preta, mirtilo e framboesa.
“O objetivo é ampliar a visibilidade e focar em conhecimentos sobre o cenário, sistemas de produção e canais de comercialização dessas frutas que estão em colheita neste momento”, salientou Andrade. “Pode ser a alavancagem para a fruticultura regional, reposicionando o Sul na fruticultura estadual”.
FEIJÃO E TRIGO – O boletim apresenta ainda um panorama do feijão, que teve o plantio dos 113 mil hectares encerrado na semana. A fase predominante no momento é o enchimento de grãos. No entanto, as condições de desenvolvimento não são das melhores, ainda em decorrência das chuvas entre outubro e novembro.
Para o trigo, a quebra de safra resultante das condições climáticas fez com que os preços recebidos pelos produtores pela saca subissem de R$ 50,99 em outubro para R$ 63,72 em novembro. No Paraná, a retração de safra foi de 21% em relação ao potencial e hoje está estimada em 3,6 milhões de toneladas.
BOVINOS E FRANGO – O documento do Deral aponta ainda que o preço da arroba bovina segue estável no mercado interno desde o começo de dezembro, cotado em R$ 250,80. A demanda interna aquecida pelas festividades de fim de ano é um dos principais sustentáculos dos preços.
O boletim destaca também o abate de 4,7 bilhões de frangos no Brasil nos três primeiros trimestres de 2023, aumento de 4,6% em relação aos 4,5 bilhões do mesmo período do ano passado. O Paraná lidera a Pesquisa Trimestral de Abates de Animais, do IBGE, com 1,6 bilhão de cabeças. É seguido por Santa Catarina, com 632,6 milhões.