Depois do caso do suposto caixa 2 da campanha eleitoral, a Justiça vem de rejeitar mais uma denúncia contra o deputado federal e ex-governador Beto Richa. Desta feita o juiz Roger Vinicius Pires de Camargo Oliveira, da 3ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba, mandou arquivar a ação de improbidade administrativa apresentada em 2019 pelo Ministério Público do Paraná contra ele e outras 12 pessoas.
Em seu despacho, o magistrado considerou que as acusações foram feitas pelos procuradores do MP sem a apresentação de provas ou sequer a individualização de hipotéticos comportamentos irregulares. Em agosto deste ano, a Justiça deu prazo de 15 dias para que o MP apresentasse provas contra os acusados, mas isso não ocorreu.
Diante da não apresentação de provas, o juiz deliberou que "não há outra medida processual judicialmente a ser adotada senão indeferir-se a petição inicial, porque inepta, já que o pedido se tornou indeterminado (...), haja vista que o requerente Ministério Público do Estado do Paraná deliberadamente não se incumbiu do ônus que lhe cabia (enquanto Órgão acusador)".
"A decisão da 3ª Vara da Fazenda Pública é um marco importante. Ela mostra que houve, sim, uma tentativa de criminalizar a gestão pública, sem a apresentação de qualquer prova contra gestores públicos que sempre pautaram sua conduta pela ética e pelo respeito", comentou Beto Richa. "Sigo confiando na Justiça para restabelecer a verdade", afirmou. "Mas o prejuízo político, a dor pessoal e o sofrimento familiar a que fomos submetidos, todos nós, não têm recuperação. Essas cicatrizes estão impressas na alma", completou. (Foto: Marcelo Camargo/AGBR)