Governo do Paraná exonera servidor suspeito de envolvimento em suposto esquema de rachadinha no gabinete do deputado estadual Ricardo Arruda
POLITICA
Publicado em 26/10/2023

Lucas Dorini Sabatto atuava na Secretaria de Justiça e Cidadania. Ele disse que pediu a própria exoneração até que os fatos sejam esclarecidos e que nunca foi chefe de gabinete do parlamentar.

O Governo do Paraná exonerou, nesta quarta-feira (25), o servidor comissionado Lucas Dorini Sabatto, investigado pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) por suposto envolvimento em uma esquema de rachadinha no gabinete do deputado estadual Ricardo Arruda (PL). 

Sabatto trabalhava na Secretaria de Estado de Justiça e Cidadania. Ele negou à RPC que foi funcionário de Arruda.

Em nota, o governo informou que "diante dos fatos, optou pela exoneração do servidor Lucas Dorini Sabatto, lotado na Secretaria de Justiça e Cidadania desde julho de 2023".

 

Ainda segundo o governo, Lucas não trabalhava no Executivo em 2019, período dos supostos crimes investigados pelo Ministério Público.

Na época, segundo a nota do governo estadual, ele era chefe de gabinete do deputado Ricardo Arruda.

Em nota, Sabatto disse que pediu a própria exoneração nesta quarta até que os fatos sejam esclarecidos e disse que nunca foi chefe de gabinete do parlamentar.

Questionado sobre se chegou a trabalhar no gabinete do parlamentar, Sabatto não respondeu.

 

A operação

 

A operação do Ministério Público cumpriu 10 mandados de busca e apreensão em Curitiba, São Paulo e Espírito Santo do Pinhal, município do interior paulista.

Promotores foram ao gabinete de Arruda na Assembleia Legislativa do Paraná, onde ficaram por aproximadamente duas horas. Na casa do deputado, o Ministério Público apreendeu armas que estariam sem cadastro na Polícia Federal.

A defesa de Arruda considerou as buscas desnecessárias. Veja abaixo.

Gaeco cumpre mandados na casa e no gabinete do deputado estadual Ricardo Arruda (PL)
 
 
 
 
 
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Gaeco cumpre mandados na casa e no gabinete do deputado estadual Ricardo Arruda (PL)

 

 

As investigações

 

O Ministério Público buscou, na operação desta quarta, reforçar provas de que Arruda teria criado um esquema para ficar com parte dos salários de assessores dele na Assembleia, prática chamada de rachadinha.

 

De acordo com os promotores, o deputado também é investigado por concussão (corrupção praticada por agentes públicos) e lavagem de dinheiro.

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